A MUDANÇA INTERIOR

Se o coração não muda, em seu compasso,

E a mente insiste em velhos ideais,

O mundo segue em seu pesado passo,

Preso a grilhões de hábitos ancestrais.

Não basta a lei, o grito ou o progresso,

Se a alma humana não rompe os seus véus;

O mal que habita em cada ser, confesso,

É a raiz de todos os tropeços seus.

Que importa a luz da ciência brilhante,

Se o egoísmo cega a humanidade?

Que vale o bem, se o ódio é triunfante,

E a indiferença gera a eterna aridade?

Mudar o mundo exige, em verdade,

Transformar a mente e o coração, na sua essência pura,

Pois só assim se alcança a plenitude e a ventura.