Mais Vida Que a Carne

Decifrar, pelo punho, o que se sente,

É como ser vertigens p'la nervura,

A produzir um fogo, sem factura,

Alforria de quem vive e não é gente.

 

Isenta-se a carne, com a jura

De não quebrar o fluxo dissidente,

Conquanto (se ousar!) ser resistente,

Fará com que expluda prematura!

 

Engana-se quem pensa que sustém

Os ímpetos, daquele que é ninguém,

Mas vive sempre além do que é o corpo...

 

A carne morre já e nunca volta,

O verso só renasce, é vida à solta!

O que será de mim depois de morto?

27-02-2025

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 27/02/2025
Código do texto: T8273617
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