ROSA 613

Ó passarinho de voz tão suave e pura,

Que do céu desces com melodia e esplendor,

Canta para mim, cura minha amargura,

Colore a vida, anestesia a dor.

Teu trinar leve, qual bálsamo divino,

Encanta os pensamentos, acalma o coração,

Faz deste peito um jardim, um destino,

Onde a paz reine em doce comunhão.

Diz que me amas, num tom que nunca cessa,

Que preso ficarás na gaiola da minha cama,

E a cada aurora, com voz que interessa,

Farás da vida um ciclo eterno de chama.

Assim, em harmonia, sem fim, sem desvelo,

Seremos um só, no teu canto, no meu apelo.