Apenas ( Soneto de amor )
Apenas, um sorriso, eu quero, seu,
E embrenhar-me na sutil felicidade.
Sou Pierrôt, sou Colombina, sou Orfeu,
Folião a desvendar privacidade.
Apenas quero o que Cupido prometeu,
Ao atingir-nos com as flechas da vontade
Acertando os corações; o seu, o meu,
Abrindo o cinto de uma doce castidade.
Quero tê-la mais e mais, e muito e tanto,
E sentindo o suor das mãos serenas
Cantarei-lhe um soneto em esperanto,
Em haikais, cantando em frases bem pequenas,
Antônio Casamenteiro é meu Santo
Assim sendo, amar apenas... quero apenas.