LONJURAS
LONJURAS
Eu, quando dou por mim, olho as montanhas.
Penso nas caminhadas por veredas,
Que me levem por mais paragens ledas
Ou conhecer além terras estranhas.
Tento entender as marchas e outras manhas
D'aqueles que superam sóis ou quedas,
Sempre com mais ardor do que moedas,
Diante de imensidões tais e tamanhas.
Eu sou eu mais minhas circunstâncias,
Mas hei-de conhecer pelas errâncias
Quem sou em desventuras e aventuras.
Ando para me ver onde antes vi
E estar no que disseram logo ali…
Eu, quando dou por mim, olho as lonjuras.
Betim - 16 02 2025