QUANDO O PENSAMENTO VIRA DROGA
Quando o cavalão se fez burro chucro
E os cães caíram nas valas, sem ar,
O gado fez da estupidez um cancro
Na terra plana, a se auto alimentar.
Fartaram-se, na soberba embalados
Numa suposta retidão fanática,
Entre a morte e os algozes, enlaçados
Pela silente população apática.
Centenas de milhares de almas inglórias,
Ouviram a voz da besta, os servis,
E que jamais se apagará da história.
E se do isolamento algo aprendi
Foi de um silêncio cheio de memórias
Que me foi imposto, mas sobrevivi.