sísmico

nem mais consigo escrever

quebrado no fundo da alma

sofro a fratura do ser

choro essa tétrica calma

olho, mas não posso ver

estranho em mim bate palma

deita e já não quer saber

encaixa nada em empalma

peça que assiste um alguém

sonho que anseio ruir

tento embarcar no meu trem

rasteira morre de rir

pura apatia em desdém

ser em eterno partir