Saga

Na galhardia passas e te vejo,

Como um ensejo tolo que não quero

Sem saber nada mais do que espero

Sem ter o néctar doce deste beijo.

Na bruma cândida que imita nuvens

A languidez dos teus olhos se esvai

Diferente da tormenta, que um dia cessa

Este desejo de encontra-la não se vai.

É uma falena que espaneja a asa em vão

Revolvendo os brilhos de antigas frases

Com anômalo sentido, mas perspicazes

Um querer encontrar paz e candura

Num lugar onde há o que eu preciso

Librar minh'alma na plaga do teu riso.