ILUSÃO DE SEMPRE VENCER...

Em meu silêncio pensei que tua voz se calaria,

Como a noite, pouco a pouco, no amanhecer...

Eu amava, e igual a quem ama, como saberia?

A saudade é um som, e se nega a se emudecer.

Nessa guerra montei o campo no qual lutaria,

Sem a noção de que seria o primeiro a perder,

Posto que nele bravata não seja boa escuderia,

Não se avança e nem se permite o retroceder.

Restava-me a rendição a qual tudo selaria...

Mas me render a quem não mais me aceitaria?

Uma derrota assaz impossível de se esquecer.

E no silêncio me entregando, raiar dos dias,

Ao sono do cansaço, este então me permitia,

Rebelar-me e nele a ilusão de sempre vencer.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 31/01/2025
Código do texto: T8253543
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