AMOR PLATÔNICO
AMOR PLATÔNICO
Sentava na primeira fila, a aluna mais aplicada...
Tudo nela era perfeito, não havia mulher igual...
Perdido em devaneios, paixão além do normal...
Passava a aula sonhando, geografia? Que nada...
Olhos azuis acinzentados, hipnose instantânea...
Os quadris arredondados, nos seios duas maçãs...
Aquelas pernas roliças pareiam o Sol da manhã...
Quando sorria pra min, felicidade momentânea...
Sua perfeição era tanta, que eu jamais tocaria...
Era um amor sagrado, além do desejo humano...
Sua beleza me atingia, como um punhal tirano...
Ao lembrá-la me excitava, e essa sensação doía...
Mas ao vê-la com outro, meu amor foi acabando,
Restaram versos e dores, e o tempo os apagando...