Passava da meia-noite e meia...
Passava da meia-noite e meia,
Quando a lua no céu sobre os cabelos,
Deslizava nas brumas toda cheia
Clareando os meus torvos pesadelos.
E andando como o tempo que vagueia,
Sem os dias do passado esquecê-los,
Seguia-vos a lua que incendeia
Ó sonhos que este chão há de comê-los.
Vivo na sombra de um mundo enevoado,
Vendo ao longe partires o poente
Com seu olhar de névoa contristado...
A minha alma tem véus d'entardeceres,
Na floresta sombria lentamente
Seguindo rumo aos anoiteceres...