Bardo da Taberna - III
Na tenda da virada da montanha
— Aonde se entretém o bom guerreiro
E o cheiro de tabaco se emaranha
Ao ar que se respira o dia inteiro —
Eu vejo o pôquer atiçar a sanha
De alguns sujeitos loucos por dinheiro,
Um cálice de vinho me acompanha
E o tempo vai passando bem ligeiro...
Tal como um mero vate e errante nauta
(Um bardo desses que não fazem falta),
Eu verso para ti em meu caderno.
Não tenho monumento ou sesmarias,
Somente alguns borrões de poesias
Que sonham com o teu amor eterno!