Recordações. Um soneto em versos brancos.
As olorosas rosas do passado ,
Aquelas dos jardins da tua casa
Delas ainda vejo o brilho e sinto
O aroma matinal que transmitiam .
Da janela onde tu te debruçavas
Ficara uma lembrança imorredoura ;
Do parque onde à noite passeávamos
Resta a saudade que nunca se acaba .
Não posso e nunca hei de me esquecer
Daqueles olhos negros que tu tinhas
Por onde a lua vinha desfilar .
Que pena meu amor que tudo passa ,
Os sonhos vão , mas as recordações
Não acompanham os sonhos...elas ficam !
Carlos Dacheux Moura