COMO NÃO?

COMO NÃO?

Devo dizer que não. É necessário.

Mais do que isso, eu penso: Imperativo!

Às vezes, afirmar-se é negativo,

Mas responde ao loquaz autoritário.

Eu lhe nego e renego se redivivo

Um sentimento ruim de solitário.

No final, resta o pasmo involuntário

De quem recebe o não e seu motivo.

Ainda que não fosse um despropósito,

Não sou fardo a guardarem no depósito,

Mas, contra o feiticeiro, o seu feitiço!

Devo dizer que não. Sim, acontece.

Mas, compreendido ou não, cá me parece,

Como andasse em terreno movediço…

Betim - 26 12 2024