Ausência
Doeu-me a dor, num tanto,
Desmedido fora em mim o pranto
E por tanto, delongou-se o sofrimento,
Fez de mim pobre, abrigo do tormento.
Desde então, pouco me é o escrever,
Pois esta é a sina que me deste
Ser mudo, calado sem nada ter,
Até que novamente a trouxesse.
Mas o inimigo tempo, fugaz á dissipou
E o coração empalideceu-se a esperar,
Esperar, esperar, o que jamais voltou.
O dedo desentoado então pintou
A saudade antes dela o então matar
E disse que á amava, logo descansou...