A ROSA E OS ESPINHOS

  
Era tão linda a rosa amarela que achei.
   A sua cor jamais me demonstrou tristeza
   e ninguém percebeu as dores que amarguei
   quando eu a vi murchar com tanta singeleza.


   Nem ninguém saberá o pranto que abafei
   ao ver que aquele viço era a grande certeza
   da prova de um amor que nunca revelei
   sem esperar da vida a volta da beleza

   E agora que estou só, fitando a simples haste
   daquela bela flor que espargia carinhos
   tenho em meu peito dor que só me traz desgaste.
 
   Chorando o fim da rosa, eu procuro caminhos
   que anulem este amargo e penoso contraste
    pois triste é encontrar apenas os  espinhos.

                                                       (Soneto alexandrino)

 

 

Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 17/01/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T821800