Ironia
E foram das montanhas dos delírios
como existencialistas que moveram
indubitavelmente sob os lírios
a razão como as carnes que morreram.
Oh, cérebros de choques e martírios!
Serpenteados com fome, eles nasceram
na ironia dos cadáveres satíricos,
mente vã, és o Satã e reconheceram!
Quem dera uma pétala bonita
sentir da ira o seu toque invisível,
ser demasiada frágil quanto à ira…
Todavia, nosso estrondo que nos grita
e emudece a verdade imbatível:
jazemos como a pétala da vida!