Servidão e Solidão

Sozinha no seu cercado a meditar,

Sozinha segue a rua em silêncio,

Vai ao mercado, à farmácia a pensar,

No olhar o peso do cansaço imenso.

Na solidão do lar vive a cuidar,

E o servir é sua vida em cada passo,

Com força e fé nos ensina o caminhar,

E a dor que lhe aperta num abraço.

A mão que dá sustento e faz o bem,

Ainda sonha desamparada,

E luta por amor que já não vem.

E sacrifica sua vida tão calada,

Por lealdade ao amor próprio que tem,

Segue a alma resignada.