DEFEITOS
As maneiras displicentes e as solertes,
São distantes por igual do semelhante.
O descuido e descaso fazem o inerte,
A sagacidade e o ardil são do arrogante.
O espírito pobre ao tédio se converte
Pela indiferença fria e deselegante,
Desagrado que a graça da vida inverte,
Por ter o âmago descrente e discrepante...
Somam-se defeitos, raízes que subvertem
Poderes da palavra comunicante,
Que como joões batistas que desconvertem,
Alteram a ordem ao insano e delirante...
E enquanto a depressão aos humores inverte,
Deforma o devasso ao que ouve, agonizante...