NESSE VIÇO...
Adeus é uma ave de rapina,
Num rasteiro voo tão preciso,
Que cobre o sol e desatina,
Lágrimas a cortar qual ao cisco.
É dose letal, faz cair a cortina,
Em meio ao show e chuvisco,
Que molha a alma e adesiva,
A carne a viver o próprio risco.
E fica a velha frase repetida,
Língua e boca, ambas perdidas,
Que sucumbem ao novo vício.
Revela-se no que jazeu desprotegida,
Na dor impossível de ser interrompida,
A minha alma ao inferno nesse viço.