Renovação e despedida: O balé dos dias

No calendário, a jornada finda,

Em novembro, o ciclo se despede;

Faltam poucos instantes na vereda,

Para que a nova era enfim deslinda.

Dezembro vem, suave e em paz caminha,

E o fim do tempo velho se aproxima;

As horas voam, tênues e finitas,

E o ano parte, como quem alinha.

Mas não há dor, há brilho de esperança,

Pois janeiro renasce em tom valente;

Traz nova luz à vida, que balança.

E assim, no tempo, tudo é recorrente:

O velho cede à jovem confiança,

No eterno balé que o tempo sente.