Vida Obscura

Foste como uma flor que nasce e fornece

Entre as pedras de uma gruta escura

Você foi sim ao berço do amor e da ternura

Com o semblante de anjo que adormece.

Não ouvi dos teus lábios um lamento, uma prece

Que deixasse para o mundo um reclamo, uma censura

Foste mesmo uma flor, um miosótis de ternura,

Quando lembrava se que era uma flor, mas você esquece

Deixaste comigo um sentimento de medo de segredo,

Como se fosse a flauta virgem , não tocada,

Ou aquela flor especial nascida no degredo.

Foste como um turbilhão, um raio de esperança

Uma saudade dorida, nunca desejada nem separada

Um sonho interrompido de mulher, de flor, de esperança.

Fernando Alencar

28/10/2018

Fernando Alencar
Enviado por Fernando Alencar em 25/11/2024
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