NINAR
De joelhos, vim pedir o teu perdão,
Para eu poder seguir a minha vida;
Mesmo sabendo que esta despedida
Nunca vai consolar meu coração.
Oh, espelho de todas as meninas,
Belas, as tuas madeixas em tranças...
Adornada de flores e crianças,
Inerte, como estás, não mais traquinas.
O mais penoso de todo este drama
Não é a "indesejada" que ora te chama,
Mas meu amor não poder fazer-te nada.
Ontem mesmo tu vieste me pedir:
"Mãe, cante uma canção para eu dormir..."
Oh, filha, devia ser eu aí deitada.