ROSA 515 A SAUDADE DE MARDIELLI

No seio da memória, a alma clama,

Saudade, espelho de amores passados,

A dor do pensamento, em versos, se inflama,

E revela os reflexos de momentos sagrados.

Quem amou, por certo, já sentiu a chama,

Do toque suave, dos olhares encantados,

Mas o tempo, cruel, ao coração derrama

A tristeza das horas, dos risos apagados.

Mardielli, um ser que ao amor se entregou,

Carrega em si a carga de um sonho desfeito,

E a ausência, como sombra, sempre lhe acompanhou.

Porém, na dor, a essência do ser perfeito,

Transcende a saudade, o amor, e assim ficou:

Na dor do pensamento, o amor assombra o leito.