Vieste a mim, e foste a alforria
de minha alma, escrava da descrença!
E, assim, repleto d! Esperança imensa,
  eu te acolhi quando o amor já não sentia!

Mas, junto acolhi o medo d! um dia
ficar sem ti, não ter tua presença!
Vivia, então, sob uma angustia intensa;
se partisses, pensava, eu morreria!

Porém, certo dia, tu foste embora
na rapidez duma estrela cadente,
tão fugaz como um beijo, como um flerte!

Mas, não morri desesperadamente,
porém, morreu em mim, naquela hora,
todo o medo que eu tinha de perder-te!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 21/11/2024
Código do texto: T8201905
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