UM VULCÃO PERIGOSO

Emoções repentinas podem causar estrago ou deslumbre no coração de quem as sente. Por exemplo um só olhar proveniente de rabugentos enche o saco de alguém, perturba e talvez acabe com o seu dia. Sabemos quão fácil é a leitura fisionomica das pessoas com quem convivemos cotidianamente ou de vez em quando. O semblante imediatamente revela tudo.

Temos então que não apenas as palavras balançam nossos sentimentos, gestos e atitudes esclarecem intenções e ânimos de igual forma e plenitude. Compreendendo o quanto o coração humano está completamente atento a todo acontecimento à sua volta, sendo o oceano onde deságuam as emoções e de onde elas fluem convergindo ou divergindo, indo de ou ao encontro do emissor do sentimento gerador desse encontro ou desencontro, o vulcão de estresse entra em erupção de pronto.

Porque fomos idealizados para reagir às ações no rebate de idêntica força, conforme os ditames "toda ação equivale a uma reação" . É congênito, primitivo e inato à humanidade, vimos à luz carregando esse ímpeto na bagagem comportamental, somos iguais no tocante a tal reflexo. Óbvio, alguns conseguem esconder o que sentem quando confrontados com o medo, a alegria, o ódio e o amor, mas o velho coração de guerra, de cujo conhecimento os outros não têm, acelera o ritmo sem camuflar nenhum sentimento.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 21/11/2024
Reeditado em 21/11/2024
Código do texto: T8201838
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