ROSA 512
No peito arde um desejo oculto e forte,
Um amor bandido, de sombras e dor,
Que desafia a razão, qual um norte,
E embriaga a alma com doce fervor.
Nas noites frias, o coração se agita,
Sussurros de um bem querer, tão profundo,
Que em versos se faz rima infinita,
E transforma o mundo em um sonho fecundo.
Oh, como anseio por tuas correntes,
Por esse amor que a vida não permite,
Que traz à luz os sentimentos quentes,
E em cada olhar, um abismo se divide.
Amor, meu bandido, que os céus não entendem,
Coração escravo, por ti sempre é ferido.