Botões que se abrem
No contraste do céu, o sol se põe em chamas
Oração vibracional emanando daquelas cores
Olhar que se eleva do chão aos súbitos ardores
Transcende a insensatez ilusória e a voz clama!
Exalam as sensações aliviando todo o cansaço
Das memórias que jazem pelas frestas abertas
Suavemente são esquecidas sem deixar arestas
Enquanto sonhos aleatórios distraem os passos.
Machucados pés flutuam na terra escura batida
Das Jornadas, realizações, conquistas merecidas
Nos carreiros marcados das chegadas e partidas.
Repentina lufada quente dos ventos primaveris
Botões que se abrem para as rosas adormecidas
Enquanto o horizonte avermelhado seduz e sorri.
Texto e imagem: Miriam Carmignan