ABISMO DA PAIXÃO
(Snt/55)
Resta-me hoje a saudade obscura
A severidade e a fúria das lembranças
Lamento e choro o amor findado
Subitamente a alienação me absorve.
Convulsiva minha alma vive
Deslocada e naufragada em tédio
Sonho interrompido deslisa pálido
Atravessa o silêncio denso, cósmico!
Terríveis horas existenciais implacáveis
Dor inelutável, drama persistente,
Peso da verdade inconsciente.
Trágica certeza consome a alma
Rola lenta à fatalidade
No abismo da paixão!
Esse Soneto encontrei nos meu rascunhos
de 24/07/2012.