ROSAS 509, 510 E 511 À CONSCIÊNCIA NEGRA

ROSA 511

No Brasil que canta e dança em flor,

Tambores ecoam a resistência,

Na favela, a luta é com fervor,

E a dor se transforma em consciência.

O preconceito, sombra a desfazer,

Em cores vibrantes, luta e beleza,

Na negritude, um olhar a tecer,

Sonhar igualdade é pura certeza.

A educação, luz que ilumina o ser,

Transforma ilusões em sabedoria,

E no amor, a força de renascer,

Herança de miséria, cruel sinfonia,

Mas a cultura, em seu eterno poder,

Celebra a vida, a alma e a alegria.

ROSA 510

Nas flores que florescem nos caminhos,

Resplandece a beleza da cor,

Tambores ressoam, firmes e divinos,

Proclamando a cultura, o amor.

Entre dor e luta, a resistência,

O olhar atento que não se esquece,

Na favela, o sonho é uma crença,

E a igualdade um anseio que não padece.

Fuzis não abafam a voz da alma,

Nem o preconceito apaga o valor,

Em cada passo, uma nova calma,

Herança de miséria, uma ilusão,

Mas a negritude brilha em fervor,

Na educação, floresce a união.

ROSA 509

No peito o pulsar de um povo que clama,

Reflexos de lutas por terra e de voz,

Ressonam em praças, em versos, a chama

Que acende a memória, que traz a nós.

Da dor e do sonho, um verso se tece,

Nas folhagens verdes, a história, a raiz,

A força do negro que nunca esmorece,

No sangue, na alma, resplandece a matriz.

Cenário de lutas, de firmeza e espada,

A história serpenteia, traz com fervor,

Exigindo respeito à herança sagrada.

E ao canto de zumbi, a verdade em amor,

Ergam-se vozes na luta acordada,

Consciência a brilhar, um novo clamor.