A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO NÃO SER

 

 

Sensível ser, outrora, vagava nos desertos.

Deparamo-nos numa esquina do tempo;

Num olhar,  breve troca de pensamento

E seguimos, em vastos destinos incertos.

 

O cismar na eterna busca de quem somos

É a mágoa dos que cumprem duras penas

Na árvore da vida, sem flores, sem pomos

Jazem sonhos das almas puras e serenas

 

Trazem no rosto, o semblante inexpressivo

No desgosto, palidez estampada em sorriso

E nenhuma queda que lhes sirva de lição.

 

A incompetência é um adorno de tortura

No espelho, a imagem fosca se estrutura

E perde-se no labirinto, a pseudo missão.

 

 

Yelris Sevla

Goiás, 19 de novembro de 2024.