No silêncio da noite
Mais uma noite angustiante,
Ouço vozes vindas do além,
Só um raio de luz na estante,
Refletida na dor de alguém.
O silêncio é o maior martírio,
Os pensamentos vão e vêm,
Sensação de pesar e delírio,
Sufocamento que me detém.
Horas passam, já madrugada,
O sono que cisma em não vir,
Um aperto no peito que brada.
O corpo treme tal embriaguez,
A dona morte assiste sentada,
Penso: ainda não foi dessa vez!