INDELÉVEIS LEMBRANÇAS DE UM ESPÍRITO
A cismar em sonhos, alucinado e mudo
No espanto de invisível toque, estremeço;
Olho meu rosto farto em rugas de adereço
E nada sustenta a imagem em que me iludo.
Eis que me vejo atravessando vastos ventos
Em cenários hilários e trágicos retrocessos
Onde a vida perdura em complicados processos,
Compilados arquivos de fugazes pensamentos
E as horas do relógio, desmarcadas pelo tempo
Que insiste em conservar a posição dos ponteiros
Vão se pendurando nesses versos quase inteiros
Onde a custo, imprimo indeléveis lembranças
Lúdicas vivências desses mundos de crianças,
E assim redesenhando alguns traços verdadeiros.
Yelris Sevla
Goiás, 17 de novembro de 2024.