Soneto de Poeta.
Sou poeta, e às vezes vivo em conflito,
Em abstinência do espírito,
Em desequilibro da razão pela emoção,
Sou poeta e de poesia, vive o meu coração.
Sou poeta, amargurado pela vida.
Com a dor de um ser mundano.
Entristeço-me a cada despedida
E, ressuscito-me a cada desengano.
Sou poeta, veja em meu olhar,
Olhar longínquo e um tanto confuso
Em perceber que cada minuto se pode sonhar.
E nesse momento, não sei que palavra eu uso.
Sou poeta, poesia é o que me liberta.
E mesmo amargurado, festa em minh’alma é certa.
Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2005.