O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
Sentenciada à condição efêmera do mundo
Confinada ao putrescível corpo, à matéria
O espírito mergulha em pesado sono profundo
Numa existência fugaz, ambígua e deletéria
Tal qual luz aprisionada em ferrenho cofre
No emaranhado mundo de rudes sensações,
Em cumprimento de existência, a alma sofre
Adormecida no obscuro tempo de ilusões
Atravessando a escura noite em pesadelos,
Encoberta de torturas vãs e de desvelos
Estampa nos rostos, olhares tristonhos
Ao despertar do longo sono, atordoada
A alma se depara perplexa com o nada
E mergulha no eterno ciclo d’outros sonhos.
Yelris Sevla
Goiás, 17 de novembro de 2024