Strange birds

Escrevo versos – porque tem de ser assim.

Ansiando glória, cobre ou beijos de mulher?

Já não o sei, tampouco cogito saber:

Foi o que Deus quis. Escrevo versos, enfim.

Tão longe voam numa jornada ao Sem-Fim,

Buscando ninhos onde possam se aquecer…!

Estranhas aves… Vejo-as desaparecer

Sem que jamais retornem, ou lembrem de mim.

No horizonte perdem-se, a flutuar,

Sem que eu saiba para onde cada um vai

Mas sem qualquer interesse em o desvendar –

E assisto a cada um, sorrindo qual um pai,

Voando em todos os sentidos, sem retornar,

E repito (sempre assim…!): 仕方がない。

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 18/11/2024
Código do texto: T8199444
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