Strange birds
Escrevo versos – porque tem de ser assim.
Ansiando glória, cobre ou beijos de mulher?
Já não o sei, tampouco cogito saber:
Foi o que Deus quis. Escrevo versos, enfim.
Tão longe voam numa jornada ao Sem-Fim,
Buscando ninhos onde possam se aquecer…!
Estranhas aves… Vejo-as desaparecer
Sem que jamais retornem, ou lembrem de mim.
No horizonte perdem-se, a flutuar,
Sem que eu saiba para onde cada um vai
Mas sem qualquer interesse em o desvendar –
E assisto a cada um, sorrindo qual um pai,
Voando em todos os sentidos, sem retornar,
E repito (sempre assim…!): 仕方がない。