Seguia o bardo... Logo atentou num pedinte
à beira da calçada, magro e maltrapilho!
Sua figura parecia o estribilho
da canção onde a dor ressoa com requinte!
Mas, a miséria alheia não foi empecilho
para o orgulhoso que, no momento seguinte,
desviando o olhar com soberba e com acinte,
seguiu levando consigo o seu falso brilho!
Mas, o pedinte não viu a arrogância fria
no mais pobre do que ele, mas de mau porte,
levando uma alma de sentimentos vazia!
E, vendo a cena triste, o bardo refletiu
sobre a soberba, sobre o orgulho, sobre a morte,
e, como o ser humano é podre, fraco e vil!