SONETO DO AMOR PLATÔNICO

Em tudo resta-me um tanto de você,

intuição perene a ressoar no peito,

que clama sem cessar o que há de ser,

o fim com que nos guarda — já perfeito.

Seremos algo além do sonho e do 'e se?'

(dois corpos: concretude realidade)

à dançar lentamente nos porquês

contendo numa tarde todas tardes?

E se à tarde finda nada mudar,

permanecermos nós, sóis equidistantes,

feito pontos cardeais — serás a fonte:

clamor do alto deste monte circular,

sibila: sempre o destino adiante

por ter me concebido um horizonte.

(Versão 1, trabalho em andamento, sem maiores revisões)

Lusca Luiz da Silva
Enviado por Lusca Luiz da Silva em 12/11/2024
Reeditado em 13/11/2024
Código do texto: T8195587
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