ROSA 497

O templo erguido em trevas se desfaz,

E os reflexos da fé se perdem no ar,

A crença, um véu que se tornou incapaz,

Deixando a razão a vagar e sonhar.

Os mitos ressoam nas vozes da brisa,

Histórias de homens, a busca da luz,

Na filosofia, um novo sol se irisa,

E a dúvida, a âncora que nos seduz.

O que resta é a trégua entre escolhas,

Na dança dos mundos que o ser nos traz,

E entre as estrelas, as nuvens acolham.

A essência da vida em perguntas que traz,

Não há dogmas em rimas que se soltam,

Só a liberdade que a verdade nos faz.