Amor

Amo-te para amar-te, simplesmente.

De um modo só enxergo o meu destino,

nem louco ou inclemente, nem ferino,

nem meigo, nem bondoso, nem valente...

De um modo só existe o meu presente,

e por amar-te, aos rótulos declino,

atenho-me ao acerto mais divino:

eu vivo para amar-te, tão somente!

Querer-te é a grandeza das metades,

o recomeço exato do infinito,

toda a razão das minhas inverdades.

Querer-te é equação que se invalida:

morrer e reviver no mesmo rito,

nascer e desviver na mesma lida.

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 11/11/2024
Código do texto: T8194743
Classificação de conteúdo: seguro