NA JANELA
Olhas o céu, com o declínio da hora.
A brisa de verão te acaricia.
Assim como se fosse uma sonora,
insólita, suave poesia.
Olhas o céu, ensombrecido agora.
A lua dentre nuvens irradia.
E fixa teu olhar, de um jeito que ora
aos sinos de uma doce Ave-Maria.
E olhando o céu, um apogeu perfeito,
encantador, misterioso assim,
cabelos soltos, descoberto o peito,
envolta num perfume de jasmim,
parece que te chama, com efeito,
a imensidão sem termos e sem fim...