Soneto da Liberdade

Me livrei da modéstia e da vaidade,

rompi os laços feitos de aparências.

Hoje vivo entre rimas e imprudência,

coleciono sarcasmos, raridade.

Guardei os ecos vãos de antiguidade,

despi o manto frágil da inocência.

Nas palavras achei resistência,

vestida de ironia e liberdade.

Não busco aprovação nem o afago,

caminho onde o senso não se atreve,

por entre o silêncio que carrego.

E no brilho sombrio que me serve,

encontro as sombras do que é vago,

na excentricidade que me ferve.

Vovó Onça Contadora de Histórias
Enviado por Vovó Onça Contadora de Histórias em 07/11/2024
Código do texto: T8191602
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