Dose matinal

Singela manhã que amortece

O retumbante raio de sol vara meu peito

Sem conseguir conter meu leito

Em véu cinzento se tesse.

Qual dose que me fará ver mais?

Nessa corrida matinal, anseio por tão pouco

De que vale afinal, se luto até ficar louco

Qual dose que me fará ter paz?

No final do mês me dou conta

Horas gastas, pungindo sem temer

Para no final do mês tampouco comer.

Para sempre preso nesse faz de conta

Na raiz, o lapso está por um triz

Vítima de uma história sem final feliz.

Kaio Henrique Ferreira de Oliveira
Enviado por Kaio Henrique Ferreira de Oliveira em 07/11/2024
Reeditado em 09/11/2024
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