Na Janela
Na janela, exposta ao nascente,
Deixa que o vento remexa seus cabelos
Olhos entreabertos fixados no azul
Querendo juntar-se ao infinito
Recém acordada de seios
Alvos como o preparar do trigo
E o coração empurrando o peito
Como empurra a nuvem a ventania
Observa o sol abrir a sua tenda
Ofuscando as demais estrelas
Só não encobre a luz do seu corpo
Mais valioso que o próprio ouro
Abre um sorriso entre orelhas
Com um convite na face nua