Na Janela

Na janela, exposta ao nascente,

Deixa que o vento remexa seus cabelos

Olhos entreabertos fixados no azul

Querendo juntar-se ao infinito

Recém acordada de seios

Alvos como o preparar do trigo

E o coração empurrando o peito

Como empurra a nuvem a ventania

Observa o sol abrir a sua tenda

Ofuscando as demais estrelas

Só não encobre a luz do seu corpo

Mais valioso que o próprio ouro

Abre um sorriso entre orelhas

Com um convite na face nua

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 06/11/2024
Reeditado em 06/11/2024
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