SAUDADES
Eu quero viver só de saudades,
Daqueles nossos tempos idos,
Que ríamos vãs ingenuidades,
Que nos amávamos escondidos.
Nossa amiga árvore confessa,
Registrou os primeiros beijos,
Ali, a Terra girava sem pressa...
Somente aos voláteis desejos.
Ainda carrego aquele teu olhar
De amor, diante ao meu amor...
Nos quais vividos por relembrar.
É nessa saudade qual eu sinto,
Onde o peito inflamado chora,
Daqueles tempos idos extintos.