É noite, a nostalgia persevera...

ao sentir a escassez, eu faço a prece,

logo adormeço e o sonho comparece:

vejo no abismo o erguer da primavera,

 

e não será a última benesse,

assim que avanço, a redenção me espera...

há muita luz nas sendas da quimera,

e quase todo mundo a desconhece.

 

Sonhar, sonhar... quem dera fosse eterno,

abrandaria a solidez do inverno

que reforça a saudade sorrateira.

 

Sonhar, sonhar... quem dera, simplesmente,

viver no faz de conta tão somente,

fugir da realidade a vida inteira!

 

Janete Sales 

 

 

 

 

 

Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO
Enviado por Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO em 03/11/2024
Código do texto: T8188740
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