Um soneto a dois

Empresto um verso meu quando quiseres,

empresto dois, três, ou até mais,

pois eu sei bem que és muito capaz

e bons versos fica fácil tu fazeres.

Assim, te mando um e ao receberes

devolve um verso teu, e ademais,

eu leio e te mando outro, e tu irás

um quarto verso, pra mim, devolveres.

Eu leio e o quinto verso faço,

e te mando, com rima e compasso

versando, assim, nessa sequência .

Como vês chegamos no ultimo terceto

e já vemos quase pronto o soneto,

que, só nós poetas, temos a ciência.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 03/11/2024
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