Um soneto a dois
Empresto um verso meu quando quiseres,
empresto dois, três, ou até mais,
pois eu sei bem que és muito capaz
e bons versos fica fácil tu fazeres.
Assim, te mando um e ao receberes
devolve um verso teu, e ademais,
eu leio e te mando outro, e tu irás
um quarto verso, pra mim, devolveres.
Eu leio e o quinto verso faço,
e te mando, com rima e compasso
versando, assim, nessa sequência .
Como vês chegamos no ultimo terceto
e já vemos quase pronto o soneto,
que, só nós poetas, temos a ciência.
Josérobertopalácio