E o vento que andava pelos caminhos...
E o vento que andava pelos caminhos,
Adormeceste na manhã tão fria,
Calado e triste como os passarinhos
Sem cantares maviosa melodia.
Já vinha a tarde branca sobre os ninhos,
Cobrires o solar que vos cobria...
Minha lembrança cor dos alvos linhos
Sobre o teu leito uma lágrima caía...
E caminhando pela noite agreste,
Longe da sombra augusta d'um cipreste,
Pelos caminhos sem pensar em nada...
Nuvem de sonhos que adeja o infinito,
A mágoa que no peito já não sinto,
Embalsamaste-a com rosa esfolhada...