Morrendo de amor
Morreria de amor eternas vezes
E a cada vez amando mais que antes
Como amam os nobres e burgueses
Ou os pobres poetas delirantes.
Com a finesse que emana dos corteses
Entre flores, poemas e espumantes
Eu viveria horas, dias, meses
No sepulcro de morte dos amantes
E se morrer de amor é dura pena
E amar e querer, seja o motivo
Algoz, o coração, julga e condena.
Fosse o amor vil dor sem lenitivo
Morreria na dor, de alma plena
Pois que, mesmo até morto, dele eu vivo.