Tua amizade!? - Me perdoa, é quase ofensa,
a tanto amor que te devoto em grau supremo!
Não quero, prefiro até mesmo a indiferença,
Pois, sentindo este amor, da amizade blasfemo!
Que desproposito! Que enorme diferença!
É que meu corpo, ao ver teu corpo, vibra e treme,
e, se em tua alma esta amizade se condensa
ela, em Minh! Alma, se desmancha, chora e geme!
Portanto não quero este céu de noite escura!
Antes, a dor desta verdade, desta agrura,
do que este fogo enganador de negro lume!
Não! Jamais de ti vou querer esta amizade!
Antes, condenado a viver de uma saudade,
a sofrer no braseiro infernal do ciúme!